Wagner

Veruska, olha como o futuro é tecnológico! Olha esse robô aqui. Um fazedor de sorvete.

Veruska

É aqui que eu vou me acabar, amigo. Tu quer de quê? Pensa aí. Eu acho que eu vou pegar uma bola de morango. Outra de doce de leite... Ai, talvez... Talvez aquela ali de flocos...

Wagner

Ai, Veruska, eu... Eu, na verdade, vou pegar carona nesse skatebot, Olha que demais!

Veruska

Hã? O quê, menino? Um skate... Um skate robô?

Wagner

Aham!

Veruska

Ah, eu quero!

Wagner

Veruska, olha o tanto de robô que tem ali!

Veruska

Amigo, eu tô vendo! Tô passada! Tas vendo ali, ó? Um robô passarinho?

Wagner

E aquele? É um robô guarda de trânsito!

Veruska

Ai, não! Não acredito!

Wagner

Ai, tem robô de tudo!

Veruska

Peraí, peraí! Eu tô começando a sentir minha cama de novo! O quê? Ai, não!

Wagner

Acho que estamos acordando de um sonho! Não quero mais! Estamos voltando pra realidade!

Veruska

Eita, acordei.

Wagner

Ai, eu também.

Veruska

Ai, amigo.

Wagner

O que foi?

Veruska

Mas, ó, a realidade é a gente que faz.

Wagner

Ai, eu vou agora mesmo atrás de alguém pra construir esse futuro tecnológico. Vamos comigo?

Veruska

Oxe, agora! Amigo, amigo! Eita, e esse robô? Tu tá vendo? Ele tá chegando aqui, pertinho de tu! Esse robô que tá aí do nosso lado, só pode ser do nosso convidado, então.

Wagner

Então pra gente saber disso, vamos chamar aqui o nosso roboticista! Seja bem-vindo, Vitor Schaft! Olá, pessoal! Eu sou Wagner!

Veruska

E eu sou Veruska!

Wagner

Você já se perguntou o que vai ser quando crescer?

Veruska

Então, venha conhecer o mundo das profissões!

Wagner

Sejam bem-vindos e bem-vindas ao...

Veruska

Quando eu era criança! Episódio de hoje: o que faz um especialista em robótica? Muito bem-vindo à nossa oficina robótica do Quando Eu Era Criança.

Wagner

Victor, pra gente começar direitinho, antes de tudo, o que danado é um robô?

Vitor

Poxa, obrigado aí pelas boas-vindas. E é muito legal estar aqui na nossa oficina robótica.

Veruska

Isso.

Vitor

Um robô é como se fosse uma máquina que faz as coisas que humanos fazem, mas do jeito que a gente programa, do jeito que a gente ensina essa máquina a fazer. Então, em um robô a gente tem milhões de possibilidades, né? A gente tem um universo de possibilidades do que um robô pode fazer.

Veruska

Ah, entendi. Então, como é que tu explica a tua profissão pra todas as crianças que estão ouvindo a gente aqui?

Vitor

Ok. Um engenheiro roboticista é uma pessoa que trabalha idealizando, uma pessoa que trabalha imaginando, construindo, programando robôs, criando robôs, criando essas máquinas que vão fazer atividades que nós humanos podemos considerar como perigosas, ou às vezes muito cansativas, ou às vezes até um pouco chatas, sabe? Que a gente prefere que um robô faça por nós.

Wagner

Que interessante. E quando tu era pequeno, Tu queria ser o que quando crescesse?

Vitor

Olha, eu demorei um pouquinho pra querer criar robôs, né? Mas eu sempre gostei de robôs. Eu já quis ser astronauta, eu já quis ser cientista, mas eu sempre gostei muito de explorar a ciência e entender como as coisas funcionam. Então, eu brincava também com os meus brinquedos, mas eu gostava mesmo é de abrir os brinquedos e ver como eles funcionam.

Veruska

Ah, e quando foi que tu decidiu na tua vida, ah, eu quero trabalhar na robótica, como foi isso?

Vitor

Quando eu descobri que essa profissão existe.

Veruska

Foi mesmo?

Vitor

Foi, e eu tava no colégio, eu já tava ali na oitava série, por aí, e aí eu ouvi falar em um curso, de engenharia mecatrônica, era um nome bastante difícil, né?

Veruska

Mecatrônico, aí, mecatrônico.

Vitor

Pois é, era um nome bem complicado, bem difícil, mas isso na verdade me deu mais curiosidade de saber o que que era, então eu fui procurar saber e aí quando eu vi estava lá. Gente fazendo robô.

Wagner

Nossa!

Vitor

E isso me encheu de alegria, gente. Eu fiquei, é isso que eu quero fazer. E é o que eu faço até hoje, né? Eu construo robôs, programo eles e lá em casa também é cheio de robôs e meus amigos também, eles são presenteados, eles recebem robôs que são feitos por mim.

Veruska

Nossa! Você quer ser nosso amigo também pra presentear a gente com robôs?

Vitor

Vocês já são meus amigos.

Wagner

Só falta o robô. Agora me diz uma coisa. É verdade que os robôs não ficam chateados porque eles têm nervos de aço?

Vitor

Pode ser. Nunca vi nenhum robô chateado comigo.

Wagner

Deve ser por isso, né?

Veruska

Porque você também é legal com eles, né?

Vitor

Eu tento, né? Eles são nossos amigos.

Wagner

Uma outra coisa. É verdade que a irmã da placa-mãe é a placa-tia?

Vitor

É, e a mãe da placa-mãe é a placa-avó.

Wagner

Uau!

Veruska

Minha gente, quanta descoberta, hein?

Wagner

Agora sim, é a hora da gente chamar o Victor pra brincar com a gente.

Veruska

Isso! Vamos! Vamos brincar. Topas?

Vitor

Vamos brincar. Eu topo.

Wagner

Dizem que os robôs podem ser mega rápidos, né?

Vitor

Sim.

Wagner

Agora a gente vai fazer um teste pra ver se você também é ligeiro.

Veruska

É o jogo do “Batendo um Bolão”.

Wagner

Aqui a gente vai te fazer algumas perguntinhas e você deve responder rápido, que nem um robô de última geração.

Veruska

Eu primeira. Vai, vai.

Wagner

Foi rápido, hein? Ligeirinha.

Veruska

É verdade que um dia os robôs vão tomar conta do planeta Terra?

Vitor

É verdade, mas nós vamos tomar conta dos robôs.

Veruska

Eu tô passada.

Wagner

Qual é o seu robô favorito?

Vitor

O meu robô favorito é o robonejo.

Wagner

O que ele faz?

Veruska

Ele toca sertanejo?

Vitor

Não, ele cuida de aves.

Veruska

Eu tô passada! Como assim?

Vitor

Ele trabalha em uma granja e ele cuida dos pintinhos que moram ali e das galinhas.

Veruska

Que coisa linda! O que você mais gosta nos robôs?

Vitor

Eu gosto da inteligência dos robôs.

Wagner

Nossa! Você sabe de tudo mesmo dos robôs, viu, Vitor?

Vitor

Ah, eu estudo um pouquinho.

Veruska

Eu achei que a gente era inteligente e o robô era burro, mas não, né, Vitor?

Wagner

É o contrário?

Vitor

Não, gente. Os robôs são inteligentes porque nós somos inteligentes. Então todos nós somos inteligentes.

Veruska

Ah, tá explicado, amigo. Então, já que todo mundo é inteligente, vamos fazer agora participar de um outro quadro, que esse, ele envolve não exatamente a inteligência, mas exatamente os sentimentos. E agora vamos conhecer, nesse quadro, os sentimentos que o robô carrega dentro do seu coraçãozinho.

Wagner

É a hora da nossa brincadeira “Um robô roubou o meu coração”.

Veruska

Nessa brincadeira, a gente vai fingir que os robôs sentem as coisas como nós seres humanos.

Wagner

Vamos ver como eles reagem a cada uma dessas situações. Tu acha que rola?

Vitor

Eu acho que rola Então diz pra a gente.

Veruska

Quando um robô leva uma papada no dedinho, o que ele faz?

Vitor

Ele chora.

Veruska

Ele chora? Lágrimas caem do rostinho dele?

Vitor

Lágrimas de óleo.

Wagner

Quando um robô se apaixona, o que acontece com o coração dele?

Vitor

O coração eu não sei, mas o computador dele acelera.

Veruska

Eita! E quando o robô passa por aquela raiva danada, ele sai correndo atrás de quem fez mal pra se vingar dele?

Vitor

Ele não pode ficar com raiva, senão ele pode entrar em curto-circuito.

Veruska

Eita, entendi. Então ele só tem amor no coração dele?

Vitor

Só amor no coração.

Wagner

Eu acho que às vezes eu queria ser mais robótico, em alguns casos.

Veruska

Agora, amigo, vamos para outro quadro. Ainda é durante essas brincadeiras, que já é um clássico do nosso programa.

Wagner

Chegou a hora do jogo do “E se…”

Veruska

Esse,

Vitor

, é super fácil. Você só vai usar bastante a sua imaginação, sabe? Vai viajar para o sonho. Que nem o sonho que eu e a Wagner, a gente teve, né, amigo? No início desse programa. Um mundo cheio de robôs. Ai, aquela oficina pra robô pra todo lado. Vai ser esse. Vai ser esse o jogo, né? Só viagem.

Wagner

E se... E se você pudesse criar o robô perfeito, como seria esse robô e o que ele faria?

Vitor

O robô perfeito, acho que seria um robô que vivesse dentro da casa das pessoas ajudando nas tarefas que elas têm mais dificuldade. Pessoas idosas, que precisam de ajuda pra pegar coisas. Pessoas com deficiência, que precisam também de ajuda pra se mover dentro de casa, pra pegar coisas. Robôs que cuidem das pessoas, sabe? Esse, pra mim, é o robô dos sonhos.

Veruska

Ai, eu adorei!

Wagner

Que bonito!

Veruska

E se os robôs pudessem fazer um banquete? O que eles iriam comer e beber?

Vitor

Eu acho que ia ter muita bateria, sabe?

Veruska

Muita pra carregar, né? Deixar eles bem carregados. Ah, eu adorei.

Wagner

Ah, eu prefiro não participar desses banquetes dos robôs, viu?

Vitor

Não, acho que não deve ter um gostinho muito bom pra gente, não.

Wagner

Essa bateria não faz parte da minha dieta. Eu prefiro o meu sorvete, a minha lasanha.

Veruska

Agora vamos para um outro quadro pra conhecer ainda mais o universo dos robôs.

Wagner

É a hora do nosso “Dicionário”.

Veruska

A gente vai trazer duas palavrinhas do mundo dos robôs e você vai explicar pra gente o que elas significam.

Vitor

Tá bom.

Wagner

Primeira palavrinha é “sensor”.

Vitor

Sensor é como se fosse um órgão do robô que ajuda ele a sentir o mundo que está ao redor dele. Então, da mesma forma que nós humanos nós temos olhos, uma câmera de um robô é um sensor. Da mesma forma que na nossa pele a gente sente o calor do dia, os robôs têm sensores de temperaturas. Então elas são plaquinhas eletrônicas que ajudam o robô a sentir o mundo ao redor dele.

Veruska

Ah, e a segunda palavra é “placa eletrônica”.

Vitor

Placa eletrônica é como se fosse uma plaquinha onde passa o circuito elétrico. E essas placas eletrônicas são como são feitas os sensores, como são feitas as placas-mãe, como são feitas os processadores, ou seja, toda a parte elétrica, o sistema nervoso do robô.

Wagner

É o sistema nervoso do robô? Aquele que é feito de nervos de aço. Você sabe tudo de robôs.

Veruska

E eu tenho uma dúvida. Quanto tempo leva pra tu criar teus robôs?

Vitor

Depende do robô. Se for um robô pequenininho, às vezes um mês. Se for um robô maior, às vezes dois anos.

Veruska

Um robô criança?

Vitor

Um robô criança? Acho que dá pra fazer em uns seis meses.

Wagner

É mesmo?

Vitor

É.

Wagner

Agora, Veruska. Imagina.

Veruska

Ai, gente, sempre essa depressão, essa tristeza quando já tá no fim…

Wagner

Chegou a hora das nossas perguntinhas finais.

Veruska

Mas eu não quero. Eu quero saber mais de robô. Ó, me conta uma coisa, Vitor. Quem foi ou quem foram as pessoas que mais te inspiraram pra você seguir essa tua profissão?

Vitor

Quando eu era mais novo, tinha um programa de TV chamado Mundo de Bickman.

Veruska

Eu amava esse programa!

Vitor

Era um programa em que tinha um cientista e ele fazia tudo que fosse possível imaginar. E na robótica eu via que a gente tem essa liberdade de construir robôs que fazem um universo de coisas. Então eu queria ser um pouco parecido com o Bickman da série de TV que eu assistia. Agora de pessoas reais, eu via que meu pai sempre teve muita facilidade pra construir, pra consertar, pra fazer coisas. Então eu acho que me inspirei muito nele também, em enxergar as coisas que eram possíveis de ser feitas. E é isso.

Wagner

Você disse que gostava de ver o que os brinquedos tinham por dentro, né? Quando você montava, sobrava peças?

Vitor

Geralmente sobrava, e esse era um problema. Eu tinha facilidade de desmontar os brinquedos, agora de montar era uma complicação.

Wagner

Agora, se você pudesse deixar um recado para as crianças que amam robôs, que estão nos escutando agora e pensam em ser uma engenheira roboticista, um engenheiro roboticista, o que é que você diria?

Vitor

Para os meus amiguinhos, eu diria que não desistam e que procurem saber cada vez mais sobre o que é ser um engenheiro roboticista, sobre o que é robótica, porque essa profissão existe, ela é incrível e existem vários caminhos dentro dela. Continuem sonhando porque em algum momento vocês vão realizar.

Veruska

E se a gente entrasse agora numa máquina do tempo? Aí o Vitor vai lá, Entra e volta lá quando ele era criança e se depara com aquele Vitor curioso que abria todas as peças das máquinas dos brinquedos dele pra ver como é que funcionava. O que é que tu iria dizer pra esse menino?

Vitor

Eu ia falar “muito bem… Procure o máximo de brinquedos possível. Desmonte eles. E depois aprenda como montar, porque é importante também”.

Veruska

Desmontele, desmonte, mas também, né… Monte.

Wagner

Ai, Vitor, muitíssimo obrigado pela tua presença aqui no nosso programa. Foi uma conversa linda, incrível, divertida. Adorei te conhecer.

Vitor

Que é isso, o prazer foi todo meu. Eu que agradeço pelo convite. Foi uma satisfação enorme estar aqui com vocês. E eu espero que essa nossa amizade ela dure pra sempre, né?

Veruska

Eu também, Vitor, porque é a primeira vez que eu conheço um roboticista, né? E é muito bonito, assim, ver a tua dedicação, o teu empenho, os teus sonhos.

Vitor

Legal.

Veruska

E a gente quer aproveitar e agradecer aos nossos ouvintes, às nossas ouvintes que estão aí acompanhando o nosso programa e tiveram o privilégio hoje de ouvir Vitor.

Wagner

Um beijo, pessoal, e até o próximo programa. Tchau. Direção: Filipe Carvalho e Márcio Andrade.

Veruska

Roteiro: Filipe Carvalho.

Wagner

Desenvolvido a partir do formato criado originalmente por Márcio Andrade.

Veruska

Produção e produção executiva: Pollyanna Melo.

Wagner

Pesquisa e produção: Karinë Ordônio.

Veruska

Apresentação: Andrea Veruska e Wagner Montenegro.

Wagner

Estúdio de gravação: Falante Áudio.

Veruska

Atendimento: Mariana Bandeira.

Wagner

Edição, mixagem e finalização: Sérgio Kyrillus.

Veruska

Trilha sonora de abertura: João Santos.

Wagner

Composição gráfica, site e gestão de redes sociais: Mirah Ateliê de Ideias, Paula K. e Juliana Santos.

Veruska

Ilustrações: Paula K.

Wagner

Conteúdo digital e imprensa: Gabriela Araújo Comunicação.

Veruska

Controller: Carol Accioli.

Wagner

Contabilidade: Paulo Ferreira.

Veruska

Realização: Combo Multimídia e Margente Filmes.

Wagner

Incentivo: Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura. Funcultura.