Wagner

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Muito bem, Veruska.

Veruska

Arrasei, não foi? Tô super preparada.

Wagner

Ah, então vamos testar. Eu vou dizer o nome de um passo de dança e você faz, pode ser?

Veruska

Vamo simbora.

Wagner

O primeiro é plié.

Veruska

Ah, esse eu sei. Ó, dobra um pouquinho os joelhos, aí vira um pé pro lado, o outro pro outro lado e vai descendo e... Tá certo, Waguinho?

Wagner

Certíssimo, Verus! Vamos pro próximo?

Veruska

Vamos.

Wagner

Agora é o frappé.

Veruska

E abriu... Unpontet... Levantei a perna, um chutinho pro lado e voltou.

Wagner

Muito bem, mas agora eu quero ver o último. O último é tesoura.

Veruska

Ah, Vaguinha, a tesoura tá ali, ó, na gaveta. Ela tá meio, meio ruinzinha, mas tu pegar ali, visse?

Wagner

Não, não, não, não, não. Eu acho que eu não expliquei bem, Veruska. A tesoura é um passo, mas de outra dança. O frevo.

Veruska

Ah, sim, sim, é verdade. Eu inclusive já vi no carnaval, tenho certeza.

Wagner

Mas peraí, deixa eu só perguntar alguém aqui que entende bem do assunto. Naldo, você viu meus passos aqui? Eu dei pro gasto como professor de dança?

Naldo

Eu acho que deu tudo certo, hein? Eu acho que tá bom. Ensinou direitinho. Ainda teve o 7 e 8 e entrou no compasso.

Wagner

7 e 8 e vai!

Veruska

É, hoje nós temos aqui a presença de Naldo Lopes, bailarino, não é?

Wagner

Olá, pessoal! Eu sou Wagner!

Veruska

E eu sou Veruska!

Wagner

Você já se perguntou o que vai ser quando crescer?

Veruska

Então, venha conhecer o mundo das profissões!

Wagner

Sejam bem-vindos e bem-vindas ao... Os dois Quando eu era criança!

Veruska

Episódio de hoje: o que faz um bailarino? Muito bem-vindo viu, Naldo, aqui no nosso palco do Quando Eu Era Criança.

Naldo

Gente, muito obrigado pelo convite. É um prazer estar aqui.

Wagner

Naldo, deixa eu te perguntar uma coisa. Como é que você explicaria a sua profissão para as crianças que estão nos ouvindo?

Naldo

Olha, o que é que eu posso dizer sobre a dança? E como ser bailarino e também professor de dança, né? Primeiramente, eu enxergo como se eu estivesse cantando com o meu corpo, sabe? Como se o meu corpo dissesse algo, só que sem palavras. Então, é uma forma de me expressar da melhor maneira possível, porque existe um sentimento também quando eu estou me movendo, né? É uma coisa que vem de dentro, ela é expressa aqui na superfície do corpo. E ser professor de dança é você conseguir passar isso para o seu aluno, que ele entenda isso, entender como é se movimentar através do corpo, através da dança, se expressar. Eu sou suspeito para falar, mas eu amo.

Veruska

E você, Naldo, sempre quis ser bailarino desde criança ou não? Você tinha outro sonho quando era pequeno?

Naldo

Sempre quis ser, sempre quis ser bailarino, sempre, sempre, sempre, sempre. Apesar de todo mundo dizer, vai ter que ser isso, vai ter que ser aquilo, vai ter que ser… Eu tenho um irmão que é médico. Então, a pressão foi grande, a pressão foi grande.

Veruska

É, eu imagino...

Naldo

Andava lá, e veja só, eu sou do interior, né? Sou de Surubim, Pernambuco, sou do interior. Então, eu sempre escutava. E aí, vai ser doutor igual seu irmão? Vai ser doutor igual seu irmão?

Veruska

Eita, ele é mais velho, né?

Naldo

Então, vai ser doutor igual seu irmão? Aí eu... Ah, eu quero dançar. Na minha cabeça, eu quero dançar.

Veruska

Eu quero ser doutor da dança. Eu quero ser doutor da dança.

Naldo

Doutor da dança. Perfeito. Gostei, gostei. Vou aderir, vou aderir...

Wagner

Mas assim, quando e como foi que você decidiu, de fato, ser bailarino enquanto profissão? Conta mais pra gente essa história.

Naldo

Eu tava no meu terceiro ano e eu tava no meu teste vocacional e deu pra área de saúde e área artística. E aí eu fiquei pensando, meu Deus, eu gosto do movimento, o que é que eu vou fazer? E nesse tempo nem existia faculdade de dança ainda, né? Mas eu já queria dançar, já queria ser bailarino, já queria ensinar. E aí eu fiz: sabe de uma? Eu vou fazer educação física, porque aí juntava os dois a saúde e o movimento. Era a faculdade que tinha na época, né? Mas ali eu decidi, por que? Porque eu já dançava, eu já jogava, eu já ensinava, mesmo que sem ganhar o meu dinheiro ali, mas ensinando minhas amigas, ensinando alguém, fazendo um grupo de dança, se apresentando, então, eu já fazia isso... Bem, agora eu vou monetizar isso, né? Vamos estudar, né? Pra colocar isso como profissão. Mas sempre tive essa vontade, decidi ali. Pelo 15 anos, 16, perto de terminar o colégio.

Wagner

Hmm, saquei.

Veruska

Naudo, a gente pode começar agora o nosso bloco de brincadeiras?

Naldo

Gosto. Gosto de brincadeiras.

Veruska

Então, pronto. Vamo simbora!

Naldo

Vim pra brincar.

Wagner

Simbora pra diversão.

Veruska

Então, vamos simbora.

Wagner

E pra começar... tchan, tchan, tchan, tchan... Luz, câmera, ação!

Veruska

A gente sabe que pra dançar precisa ter muita técnica, mas também muita emoção, não é isso?

Naldo

Isso.

Wagner

A ideia da nossa brincadeira é a gente vai fazer uma pergunta com uma emoção e você precisa responder com a mesma emoção. Entendeu?

Naldo

Certo.

Wagner

Bora lá?

Naldo

Vamos ver se eu vou conseguir.

Veruska

Vamos lá, vou começar. (dando gargalhadas) Tem alguma parte do seu corpo onde você sente dor quando está dançando?

Naldo

(responde gargalhando) Meu joelho já tá tremendo aqui agora. Meu joelho tá tremendo. Principalmente o joelho esquerdo. Ai, meu Deus.

Wagner

(choramingando) Naldo, qual é a sua dança favorita?

Naldo

(choramingando) Ai, eu já tô quase chorando emocionado quando eu vejo o Lago do Cisnes.

Veruska

(choramingando) Eu acho que a minha é um forrozinho.

Naldo

(choramingando) Ou aquele breguinha romântico também. (choramingando) Eu vou chorar.

Wagner

Bom, mas a dança pode estar em diversos lugares, né? Na escola, na academia, na balada. Mas tem outros em que nem sempre ela aparece.

Veruska

Isso. Aí, nesse quadro agora, nós vamos dizer alguns lugares inusitados, onde a dança quase nunca aparece. E você vai descrever qual dança faria nesses espaços.

Naldo

Hmm, gostei.

Wagner

A primeira é, em cima de uma banca de revista, que dança você faria?

Naldo

Eu faria... Eu faria um maracatu bem bapho (ele faz sons de maracatu)

Veruska

Arrasou. Mas agora, dentro do avião, quando todo mundo está dormindo, qual seria a música?

Naldo

Eu farei um balé classicão pra ir acordando aos poucos. Aquele violoninho assim... (ele faz o som do violino) E a galera assim, o que que tá acontecendo, sabe? Saindo do sonho da viagem e acordando e dando de cara com uma dança maravilhosa.

Veruska

Um grande balé! E tu no solo lá.

Naldo

Isso, perfeito.

Veruska

Perfeito.

Wagner

Agora, tomando um banho de mar na areia da praia.

Naldo

Hm... um eletrônico. Bem livre, bem livre, leve, solta. (ele e Veruska fazem sons de música eletrônica) Jogando areia, jogando água (ele segue fazendo os sons)

Veruska

E o tubarão...

Naldo

O tubarão com a gente, dançando com a gente. Arrasou! Esse fim de semana eu tô pensando em fazer exatamente isso, amigo. Ir pra praia, fechar... Essa ideia aí, ó.

Veruska

Me chama! Com certeza, vamo marcar com Naldo.

Wagner

Agora vamos para outro jogo. Agora é hora desse jogo que eu adoro. Nós vamos dançar, Naldo, no mundo da imaginação.

Veruska

É a hora do "E se..." A gente vai te fazer uma perguntinha e você responde com toda a imaginação. O que vier, quanto mais viajar, melhor.

Naldo

Ótimo.

Wagner

E aí, vamos lá?

Naldo

Simbora.

Wagner

Preparado?

Naldo

Preparadíssimo.

Wagner

Naldo, e se você pudesse dançar com um ser encantado, com quem você dançaria e onde vocês se apresentariam?

Naldo

Eu dançaria com Ariel.

Wagner

Ariel...

Naldo

Sim, porque é o desenho da minha infância. E eu gostaria de dançar num aquário imenso, assim, sabe? Maior do que um estádio. Eu e ela fazendo um padedê, maravilhoso. E eu com uma cauda imensa também, porque eu também queria ser um sereio.

Veruska

Eita, um encontro de sereios.

Wagner

Mas com um tubarão?

Naldo

Ai, não sei. Podia ser um corpo de baile de tubarão.

Veruska

Perfeito, com coreografias e tudo.

Naldo

Perfeito, tudo montadinho, ensaiadíssimo.

Veruska

Perfeito.

Naldo

Um super aquário, viu?

Veruska

Tudo raso.

Wagner

Perfeito. Vamos fazer isso aí, produção.

Veruska

E agora ele falou, e a gente vai retornar, porque e se você pudesse dançar aquele teu sonho dentro do lago dos cisnes, que você citou lá no início, que outro pássaro você gostaria de ser?

Naldo

Uma águia. Porque a águia, ela vê tudo lá de cima.

Veruska

Eita...

Naldo

Ela vê tudo lá de cima. Ela vê muita terra, muito espaço. Então, eu queria ser a águia lá de cima, para o pessoal assistir embaixo cisne e em cima a águia.

Wagner

Ai, meu Deus. Eu queria ser um patinho, para eu entrar no lago do cisnes e não me afogar.

Veruska

E agora, estamos indo para o nosso outro quadro, que a gente chama de "Dicionário". Nesse "Dicionário", a gente vai dizer algumas palavras e você diz o significado delas, que a gente não sabe. E aí, pode ser?

Naldo

Certo, vamos simbora.

Wagner

São duas palavrinhas ligadas ao mundo das profissões, na sua profissão. Posso começar?

Naldo

Pode.

Wagner

A primeira é tablado. O que é que isso significa, Naldo?

Naldo

Tablado é um objeto que a gente pode dançar em cima e ele faz um sonzinho. Pode ser muito no sapateado. Então tem aquele sonzinho de... (ele faz som de sapateado) Lembra quando eu falei de cantar com o corpo?

Veruska

Sim.

Naldo

Então a gente faz um som ali com aquele... Aquela batidinha do pé no tablado.

Wagner

Hmm...

Naldo

Então é cantando com o corpo e com um som também. Porque ele reproduz esse som aí. Bem legal.

Veruska

A nossa outra dúvida é a palavra coreografia. O que significa, que vocês falam tanto?

Naldo

Coreografia é algo que a gente monta, que a gente cria, que pode ser sozinho, pode ser em grupo. E ela também pode ser não tão pensada, elaborada, digamos assim. Porque eu posso também montar uma coreografia a partir do meu sentimento. Então eu posso estar triste, fazer uma coisa mais ali, escondendo meu rosto, né? Então eu vou ficando mais contraído e, de repente, no momento da música eu posso explodir, crescer. Então a coreografia pode também ser algo não tão certinho, não tão sistematizado. E também pode também ser algo não tão certinho, sistematizado. E também pode ser ali, extremamente certinho, sistematizado, dois pra lá, dois pra cá, um pra frente, um pra trás e tudo bem ensaiadinho.

Veruska

É muita matemática, né? Esses números tudinhos.

Naldo

É, é, é, é... Imagina um montão de gente dançando junto?

Veruska

Meu Deus do céu.

Naldo

O trabalho que dá.

Wagner

Nossa, total.

Veruska

Eu sou péssima em matemática.

Naldo

Eu também.

Wagner

Naldo, depois dessa eu quero que você me ensine uma coreografia completa. Eu nunca aprendi uma coreografia completa. Eu sempre esqueço os passos. Como é que faz pra não esquecer os passos, Naldo?

Naldo

Ótima pergunta. A gente pode fazer uma associação.

Wagner

Uma associação...

Naldo

Associação. É. Por exemplo, digamos que o passo é: ir dois pra frente e dois pra trás. Aí o que é que eu penso? Ai, eu vou dois pra frente. E o que é que eu faço? Dois pra frente... Ai, sei lá. Quando eu vou tomar água e ela é pertinho ali da mesa, então o bebedouro dá dois passos da minha mesa. Então vai, dois pra frente. É o mesmo que eu faço quando eu vou tomar água. Então aí você não esquece. Começa a fazer associação, entendeu?

Veruska

Entendi...

Naldo

Eita, nesse movimento eu vou agachar. Eita, agacha. Lembra quando eu faço xixi. Então aí você vai... não tem como esquecer.

Wagner

É porque eu associo assim: Ai, eu vou errar, eu vou errar, eu vou errar... aí acabo errando. Sempre é desse jeito.

Veruska

Então, tu falando parece que todo mundo pode fazer dança.

Naldo

Claro, todo mundo, todo mundo pode fazer dança. Não tem isso de idade, de tipo físico, de onde veio. Não tem pra isso. Inclusive, a dança livre, aquela que você dá play numa música, não necessariamente precisa de uma coreografia. Basta você simplesmente se soltar. Sabe o dançar no chuveiro?

Os dois

Sim!

Naldo

Todo mundo gosta? Pronto. Porque ali é dança também.

Wagner

Ali é bom porque eu não tenho que decorar passos. Aí eu aprendo.

Naldo

Ótimo!

Wagner

Agora, Naldo, a gente tá indo pra ass nossas perguntas finais.

Veruska

Ai, não. Tá tão gostosinho. Olha, minha pergunta final. Quem mais te inspirou nessa tua profissão, nessa tua carreira de bailarino? E por quê, Naldo?

Naldo

Vou dizer agora, por incrível que pareça, ela é cantora, mas eu gosto dela porque ela dança. São duas, na verdade? São três, vai, são três.

Veruska

Vai, vai, vai. Diz as três.

Naldo

Vou dizer as três. A primeira foi Britney. Fã, fã, fã louco. E aí, eu era fã também das Destiny's Child, que é onde Beyoncé veio.

Os dois

Sim!

Naldo

Só que ali Beyoncé não mostrava todo o babado que ela tem, da dança. Depois, quando ela veio solo, meu amor, aí eu enlouqueci. É enlouqueci com aquela mulher, pelo amor de Deus. E tem Madonna, né? Que é a rainha, por favor, né?

Veruska

Por favor...

Naldo

Ela já veio antes de tudo, né? Quando eu olhava essas três mulheres assim no palco, eu, sabe, me inspirava. Eu dizia: nossa, eu quero conseguir fazer isso aí também, sabe?

Veruska

Quero ser assim quando crescer.

Naldo

Essas mulheres são incríveis, são inspiradoras. Até hoje elas são.

Wagner

Que lindo. Que lindo, que lindo, Naldo. Agora eu vou te fazer uma pergunta. Se você pudesse dizer algo para o Naldo da infância, o que é que você diria?

Naldo

Eu diria: Naldo, dance ainda mais. Sabe por quê? Porque muitas vezes eu não dancei porque eu tive medo, né? Porque eu fui impedido de dançar ou porque eu achei que não era pra mim. Mas hoje o Naldo grande, ele sabe que era pra mim, sim. Então eu diria: Naldinho, dança! Dança no quarto, dança no colégio, dança na festa, dança no palco. Só dança, dança, dança, dança, dança, dança até cansar. E quando tiver cansado, dança mais. Eu diria isso pra ele.

Veruska

Ai, que lindo. Obrigada por apresentar esse Naldinho pra gente. Obrigada, Naldo.

Naldo

Obrigado também, gente.

Veruska

A gente agradece aqui tua presença nesse nosso programa. E foi lindo ouvir, né? Tua história e tua paixão também, né? Pra gente ver que você ama a dança.

Naldo

Amo.

Veruska

E trazer tuas referências, tudo.

Wagner

Foi uma delícia, Naldo, te receber aqui. Muitíssimo obrigado por... por falar da sua vida, da sua história, por inspirar tanta gente, por me inspirar a dançar. Eu que nunca decorei um passo. Olha só, ver que é possível a coreografia, ver que é possível a dança, que é dançar pra todos os corpos, todas as pessoas. Isso pra mim é lindo. Muitíssimo obrigado por isso.

Veruska

E agora a gente vai ali dançar uma Britney, não é? Por favor, vamos embora. Madonna, um Vogue, uma coisa.

Wagner

Amo! Um stiletto que eu vi você arrasando no stiletto.

Naldo

Eu amo também.

Wagner

É isso. E muito obrigado a todo mundo que está nos ouvindo.

Veruska

Isso, gente. Valeu mesmo por vocês estarem aí ouvindo a gente, acompanhando esse nosso programa. E até a próxima.

Wagner

Um beijo. Até a próxima.

Veruska

Beijinho.

Naldo

Beijo.

Wagner

Direção, Filipe Carvalho e Márcio Andrade.

Veruska

Roteiro, Filipe Carvalho.

Wagner

Desenvolvido a partir do formato criado originalmente por Márcio Andrade.

Veruska

Produção e produção executiva, Pollyanna Melo.

Wagner

Pesquisa e produção, Karinë Ordônio.

Veruska

Apresentação, Andréa Veruska e Wagner Montenegro.

Wagner

Estúdio de gravação, Falante Áudio.

Veruska

Atendimento, Mariana Bandeira.

Wagner

Edição, mixagem e finalização, Sérgio Kyrillus.

Veruska

Trilha sonora de abertura, João Santos.

Wagner

Composição gráfica, site e gestão de redes sociais, Mirah Ateliê de Ideias, Paula K e Juliana Santos.

Veruska

Ilustrações, Paula K.

Wagner

Conteúdo digital e imprensa, Gabriela Araújo Comunicação.

Veruska

Controller, Carol Accioli.

Wagner

Contabilidade, Paulo Ferreira.

Veruska

Realização, Combo Multimídia e Margente Filmes.

Wagner

Incentivo, Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, Funcultura.